Olá quando começei este blog era sobre jardins mas vejo que encontro pessoas interessadas em outras, vou publicar de tudo um pouco...Saúde e bem estar para todos..
terça-feira, 18 de outubro de 2016
Papaieira
Este texto foi publicado
no dia 28 de Junho de 2009, na revista "Mais" do Diário de
Notícias. Na Madeira – à semelhança de outras regiões produtoras
mundiais – a papaieira frutifica ao longo do ano, em maior quantidade no Verão,
até aos 250 metros de altitude na costa sul, em pés dispersos e em pequenas
plantações. Prefere zonas abrigadas dos ventos e temperaturas amenas,
superiores a 20ºC, tendo a particularidade de produzir a partir do primeiro ano
de plantação. Cultiva-se ao ar livre ou em estufa, sendo que a segunda opção
possibilita uma maior uniformidade da produção no decorrer do ano, bem como uma
maior longevidade da planta. A sua propagação é obtida através de semente, por
estaca e mais recentemente por micro-propagação, isto é, plantas produzidas em
laboratório pela Direcção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural, a
partir de tecidos vegetais seleccionados e que são vendidas na Divisão de
Fruticultura. Como é sabido, esta espécie apresenta uma diversidade de tipos
diferentes de flores, masculinas, femininas e hermafroditas que se manifestam
na mesma papaieira ou em papaieiras diferentes, pelo que é importante adquirir
plantas que garantam uma boa produção. No que respeita às
doenças que a afectam, a mais prejudicial é a do
"vírus-dos-anéis-da-papaieira", que provoca manchas e malformações
nas folhas e, manchas em forma de anéis nos frutos e nos "troços"
(pecíolos) das folhas. Além disso, a planta atrofia e a qualidade e o tamanho
dos frutos diminuem, podendo ocorrer a sua morte. O oídio ou "mangra"
como é conhecida entre nós, também surge nas folhas e nos frutos. Quanto às
pragas, destacam-se os afídeos ou "piolhos" e os ácaros ou
"aranhiços". A papaia que apresenta formas arredondadas ou
alongadas, de polpa amarela, laranja ou avermelhada, pode ser saboreada como
entrada ou sobremesa. Há quem lhe adicione sumo de limão ou Vinho Madeira, para
melhorar o seu paladar. Em alternativa ao seu consumo em fresco, é possível
apreciá-la transformada, num apetecível sumo, pudim, gelado ou "doce"
(compota). Noutras zonas do mundo, utilizam-se as folhas para envolver uma
peça de carne, tornando-a mais tenra. As folhas ao serem amarradas, partem-se e
libertam uma seiva leitosa, que contém uma enzima, a papaína, que é responsável
por essa tenrura. A papaína, também presente em elevados teores na casca dos
frutos verdes, tem inúmeras aplicações na indústria farmacêutica e
alimentar. No livro "A Aventura das Plantas e os Descobrimentos
Portugueses" do Professor Engenheiro José Mendes Ferrão, atribui-se a
origem da papaieira, às regiões andinas de altitudes médias da zona tropical.
Nesta obra, aponta-se que “os portugueses, que acabaram por apreciar esta
fruta, a introduziram em África e na Índia”. O Brasil é o principal
produtor e exportador mundial. No continente americano, o México é outro dos
países com uma produção assinalável, enquanto que em África é o Zaire e na
Ásia, são a Índia e a
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